Se ano novo
é vida nova
Eu já
carrego 31 vidas em mim.
Ideias teimosas
de mais começo
Promessas
irrealizáveis, não realizadas
Laços
eternos, que se entrelaçaram em outrem.
Todo ano,
nova vida
Cada vida,
um novo fim, ou o mesmo, quem sabe
A alma encaixada
na matéria já moldada
Um desejo de
mudança, com os móveis no lugar
O sonho, novo
ou o de sempre, re-sonhado.
Todo ano, uma
vi(ra)da
A ansiosa contagem
decrescente, e paciente
Na espera
dos fogos que ilustram a largada
Dos braços que
se abrem, pelo abraço
E pra
suportar o peso do outra vez
Cada ano,
tudo igual
No compasso
dos próprios passos, a gente marca o
tempo,
e espera que
essa dor no peito
seja docemente
levada pelo vento.
Ah,
esperança que renova!
"... que essa dor no peito seja docemente levada pelo vento."
ResponderExcluirwow... muito legal.
Sensível e verdadeiro.
Lindo. Foda! Post maiss
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