quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Fim da linha

Outro dia eu tava no metrô, e vi uma garota terminando com o namorado... NO METRÔ! Achei a coisa mais cruel, já que a cada estação o vagão ficava mais e mais tomado por pessoas curiosas que analisavam as lágrimas e os lamentos do rapaz. A garota, ignorando totalmente o pobrezinho em desespero, olhava pela janela com vergonha.

Aí me deparei com uma dúvida, qual o melhor lugar ou situação para terminar um relacionamento?
- NO CARRO: pode causar acidente...
- EM CASA: a intimidade do lar pode beneficiar tiro, porrada e bomba...
- NA RUA: chama atenção demais, e com aquele caos todo da cidade, a pessoa pode não ouvir metade do que você disse.
- PELO CELULAR: Vai que a bateria acaba bem na hora, pode ser uma tragédia...
- PELO WHATSAPP: O corretor automático gera conflitos eternos.
- NO CINEMA: você pode perder um filme mega legal e ainda receber uma pipocada na cabeça
- NO RESTAURANTE: a comida vai esfriar, um dos dois vai desistir de comer e desperdício é pecado
- FACE? Jamais, os pretendentes de ambos vão começar a curtir a conversa, vai ser um horror.
- NO BAR: A cerveja vai esquentar, e você ainda vai atrapalhar o happy hour dos outros.

O fato é que não existe um bom lugar e uma boa maneira de terminar, mas acho que "How I met your mother" escolheu uma saída, pelo menos, doce :)

Fim na doceria



quinta-feira, 3 de abril de 2014

É primeiro de abril, nêga!



- Oi, minha nêga!
- Oi, Vitinho!
- Me diga, minha linda, o que é dermatologista?
- Oxi, por quê?
- Porque marquei hora nesse médico, tô no consultório e não sei o que dizer pro dotô.
- Vitinho, hómi de deus, como ocê marca um médico sem saber o que ele faz?
- É primeiro de abril, nêga!
- Ô hómi besta da gota!

Passei meu primeiro de abril pensando em alguma forma de pegar alguém, e o tal Vitinho (segundo história contada pela própria “nêga”, e seu sotaque delicioso, na plataforma do metrô) arranja uma saída tão simples e inesperada. Palmas.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Vi(ra)da nova



Se ano novo é vida nova
Eu já carrego 31 vidas em mim.
Ideias teimosas de mais começo
Promessas irrealizáveis, não realizadas
Laços eternos, que se entrelaçaram em outrem.

Todo ano, nova vida
Cada vida, um novo fim, ou o mesmo, quem sabe
A alma encaixada na matéria já moldada
Um desejo de mudança, com os móveis no lugar
O sonho, novo ou o de sempre, re-sonhado.

Todo ano, uma vi(ra)da
A ansiosa contagem decrescente, e paciente
Na espera dos fogos que ilustram a largada
Dos braços que se abrem, pelo abraço
E pra suportar o peso do outra vez

Cada ano, tudo igual
No compasso dos próprios passos, a  gente marca o tempo,
e espera que essa dor no peito
seja docemente levada pelo vento.
Ah, esperança que renova!